Friday, November 24, 2006

Próximo destino de viagem

Para o próximo fim-de-semana, já escolhemos o destino de viagem.

Aliás, a Cristina é que vai à frente preparar o terreno, o Zé só vai poder lá ir ter daqui a duas semanas. Mas estamos de acordo que nos parece o mais belo de todos os possíveis destinos. Principalmente nesta altura do ano, em que já sentimos a proximidade do Natal, o desejo de estar em família, com frio e chuva na rua e nós quentinhos em casa, a vontade de rever os amigos e ouvir/contar as novidades dos últimos cinco meses, sentir o cheiro a casa, ...

aguardem-nos que vamos a caminho!

Wednesday, November 22, 2006

Jogo

Fomos desafiados por http://lisboaqueamanhece.blogspot.com/ para participar num jogo cujas regas são:

"Cada bloguista participante tem de enunciar cinco manias suas, hábitos muito pessoais que os diferenciem do comum dos mortais. E além de dar ao público conhecimento dessas particularidades, tem de escolher cinco outros bloguistas para entrarem, igualmente, no jogo, não se esquecendo de deixar nos respectivos blogues aviso do "recrutamento". Ademais, cada participante deve reproduzir este "regulamento" no seu blogue."

Após várias discussões, chegámos a acordo que algumas das nossas manias mais particulares são:

Cristina: Dormir sempre tapada, independentemente da temperatura exterior aos lençois;

: Sempre que a falta de cerimónia o permite, intercalar a sopa com o prato principal;

Cristina: Arrumar os sapatos de modo a garantir que os dois sapatos ficam alinhados um ao lado do outro;

: Guardar o troco no bolso das calças e não na carteira. À noite caem moedas por todo o lado;

Cristina e Zé: Uma mania conjunta dos dois é claramente viajar!

Nós somos duas pessoas independentes neste blog, será que já contamos como dois bloguistas?

Tuesday, November 14, 2006

Angkor

Se calhar alguns de vocês estão a pensar... Angkor? O que é isso? Que raio de ideia foi essa? Pois é, Angkor se calhar não é muito falado na Europa mas é uma pena, porque Angkor faz parte do Patimónio Mundial da UNESCO, Angkor é um complexo de ruínas das antigas cidades do Império Khmer que dominou a região do Cambodja entre os séculos IX e XV, Angkor forma um dos mais importante locais arqueológicos da Ásia, Angkor tem mais de 1000 templos e Angkor incorpora o templo de Angkor Wat, simplesmente o maior monumento religioso do mundo.


Angkor é composto por templos de pedra místicos, do género dos que vemos no Tomb Rider. Foram construídos há 1000 anos atrás, alguns estão bem conservados, outros foram tomados pela força das raízes de árvores centenárias, mas todos os que vimos (não deu para ver todos, claramente...) são de cortar a respiração. É tudo impressionante. A dimensão dos templos, dos acessos aos templos, o trabalho de decoração, a vegetação envolvente, tudo compensa o elevado preço pago pelo bilhete de entrada no complexo, ainda por cima pago a uma empresa vietnamita (no more comments!).

A pobreza no Cambodja é visível em cada esquina, fruto de muitos anos de guerra civil e de um regime opressivo que passados 27 anos ainda faz tremer a voz aos locais. Mas em Angkor parece renascer a esperança para os Cambodjanos de voltarem a ter um país próspero e desenvolvido. A maior parte das crianças não vai à escola, porque ganham mais dinheiro nuns poucos dias a vender bens aos turistas do que os pais em muitos dias a trabalharem no campo. Ironicamente, são bastantes cultas, falam bem inglês (tudo graças aos turistas) e sabem as capitais dos países "todos". No Cambodja nunca ouvimos "Portugal? hmmm, don't know". Era mais "Portugal? Capital is Lisbon. I know the capital, so you buy?" :) Sabiam mais capitais do que nós, só com o Uzbequistão vacilaram.


De Angkor voámos para Ho Chi Minh, "dormimos" uma noite no aeroporto e voámos, mais uma vez, para Hong Kong. Estamos agora de regresso à nossa "vidinha normal" em Macau. Mas não podemos terminar os posts desta viagem ao Vietnam e ao Cambodja sem tornar explícito neste blog que tivémos a honra de ter como nossa companhia ao longo desta viagem o nosso amigo Pedro, mais conhecido por Movie Star, Connectionzito ou Nélito. Por respeito para com a vontade do Movie (gente "famosa" é assim :) ...) não vamos aqui colocar nenhuma foto com ele, mas tirámos bastantes e faz parte das boas recordações que guardamos destes dias a passear pela Indochina.

Thursday, November 09, 2006

Never Forever

O night train escolhido em cima da hora não podia ter sido mais surpreendente pela positiva. Chegámos a Sapa mal-cheirosos mas bem dormidos, dentro do que se poderia esperar, e prontos para explorar a zona. Fazia frio, o dia estava a nascer, mas rapidamente apareceu o sol para aquecer as montanhas cobertas de campos de arroz que nos rodeavam. Em Sapa observam-se bastantes turistas, alguns cafés e restaurantes e muitos hóteis, mas vê-se principalmente gente local, gente das tribos da zona, comércio local. A pé entrámos por trilhos montanhosos e deslumbrámo-nos com a paisagem a perder de vista. A caminho da aldeia de Lao Chai, uma aldeia de black hmong people, onde os habitantes se vestem de azul , apareceu ao nosso lado a Ash, uma menina de 10 anos que anda como uma cabrita pelos montes com um cesto às costas a tentar vender artesanato local.

Facilmente se apercebeu que não lhe tencionávamos comprar nada mas por qualquer razão continuou a andar connosco. Contou-nos que aprendia inglês com os turistas e que a mãe vendia artesanato em Lao Chai, onde viviam todos na mesma casa, ela, os pais, os irmãos e a família do irmão mais velho. Nós contámos-lhe donde éramos, como nos chamávamos e que achávamos as montanhas de Sapa lindas. E no meio de tanta conversa, chegámos à aldeia de Lao Chai num ápice. Os nossos caminhos separavam-se ali. Por isso Ash disse "see you never". E com isso partiu-nos o coração...

Ainda a pensar nela continuámos o percurso a pé, os nossos colegas de grupo chamavam-nos para vermos uma casa típica da aldeia de Lao Chai. Lá entrámos para ver. E passados uns minutos aparece Ash e diz "My house is not like this". E de seguida "see you never forever". E nós sorrimos espontaneamente porque não havia outra reacção possível.



A Ash passou connosco o resto do dia. Brincámos ao jogo do galo, cantámos músicas que ela nos ensinou, treinámos as palavras "olá" e "obrigado" na língua dela e na nossa, trocámos bens que tínhamos connosco como presentes de amigos, nós demos um beijo porque ela nos pediu já que nunca tinha visto um beijo "ao vivo" (foi a risota geral...), vimos a escola onde Ash passava as manhãs, ..., pasámos um tempo maravilhoso.


Despedimo-nos da Ash na ponte da aldeia Tan Van. E chegámos à conclusão que ela tinha razão. Tens razão nossa amiga cabrita, provavelmente never te voltaremos a encontrar mas forever nos lembraremos do dia que passámos juntos.

Wednesday, November 08, 2006

Ao sabor do vento no Vietnam

É uma liberdade imensa vermo-nos com um bilhete de avião na mão e 10 dias livres pela frente. Na realidade, para as muitas pessoas que encontramos a viajar pela Ásia, 10 dias livres não é muito, mas para nós que trabalhamos de segunda a sexta parece-nos uma eternidade :) E com este espírito feliz partimos para Ho Chi Minh. De lá voamos para Hanoi onde nos instalámos uns dias no Old Quarter. Fomos recebidos por vivas ruas estreitas, cheias de motos, tralha de todo o tipo e gente em "slow motion", ou seja, gente calma e a andar calmamente no meio do trânstio caótico.


O encanto dos edifícios de arquitectura franceses que ladeiam as ruas transparece por entre as muitas árvores de folha densa que invadem os passeios e por entre os imensos cabos de electricidade que serpenteiam sem caminho definido. As ruas do Old Quarter de Hanoi estão divididas por temas. Temos a rua dos sapatos, das oficinas de motos, das sedas, a rua dos brinquedos, etc, etc, etc.

Estando em Hanoi é que percebemos a real capacidade de transporte de uma moto. As motos são usadas para tudo, uma moto pode levar, por exemplo, uma loja atrás ou a família inteira.





De Hanoi partimos para passar uma noite e dois dias a bordo de um barquito em Halong Bay. São quase 2000 ilhas, quase todas com vegetação densa, que parecem ter furado com força o oeceano. Comemos "seafoood" a várias horas do dia, mergulhámos o olhar na paisagem, mergulhámos na água, cansámo-nos a andar de kayak ao final da tarde, adormecemos no deck do barco a sentir a aragem da noite e a ver a lua quase cheia por cima de nós. E gostámos. Gostámos muito.


Dos muitos interessantes locais referidos no nosso guia do Vietnam, tínhamos eleito o centro para ser o nosso próximo destino. Mas aparentemente forças maiores da natureza, leia-se um tufão filipino, tinha os mesmos planos do que nós, pelo que o Centro do Vietnam ficará para outra viagem. Nesta viagem saiu-nos na rifa Sapa, ainda mais no Norte do Vietnam, e Angkor no Cambodja. E não foi nada mau. Mas isso fica para outro post, há que não reviver demasiadas emoções duma só vez.

 
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